O ano que vai e as atitudes que ficam


Mais um ano tão depressa se passou e a frase de praxe que ouvimos nessas épocas é que finais de anos são momentos de reflexões, tempo de balanço, tempo de rever nossas atitudes. Pegando um gancho nesses ditados, refletirei sobre o que temos feito com o nosso tempo (Eclesiastes 3). De todas as leis naturais a que estamos submetidos, talvez a mais rigorosa e implacável seja esta. Invariavelmente, todo mundo, algum dia, vai ter que prestar contas a si mesmo do bom ou do mau uso que fez do seu próprio tempo. E o julgamento dessa prestação de contas pode ser impiedoso. Por isso, a pergunta: o que você anda fazendo do seu tempo?

A forma mais comum nos dias de hoje de se medir o passar das horas – o relógio de ponteiro – nos passa, ainda que de maneira subliminar, a impressão de que o tempo é circular, que está sempre girando em torno de um mesmo eixo e retornando ao mesmo ponto. Inconscientemente, fica a enganosa ideia de que o tempo perdido pode ser recuperado, de que os minutos hoje desperdiçados estarão de volta amanhã, num simples giro do ponteiro. No entanto, por mais que os dias sejam iguais para um relógio, não o são para um homem. A vida nos empurra sempre e necessariamente para frente, para o novo, para o desconhecido. De todas as formas de representação do tempo, ainda acho a ampulheta a mais simbólica, porque retrata aquilo que o tempo de fato é: poeira, que não se pode reter entre as mãos. Poeira que escoa de forma tão sutil e silenciosa que quase não paramos pra pensar em suas consequências. E aí, quando se aproxima um novo ano, é como se o próprio tempo nos despertasse para nos fazer lembrar de que ele continua existindo, que simplesmente não tem como dar “pause” nem “stop” no curso da vida. E, então, vêm as frases batidas de sempre: “Puxa, o ano passou voando!”, “Como o tempo passa depressa!”. Na verdade, é preciso saber se foi o tempo que passou rápido demais ou se a gente é que foi devagar demais.

A oportunidade que você tem agora, pode não tê-la daqui a alguns instantes. E nada garante que retornará. Por isso, seja leal a si mesmo, não desperdice o tempo que lhe é concedido. As pessoas às vezes tomam decisões assim: “vou me dedicar a Deus a partir do dia 1° do próximo mês”, “vou anunciar o evangelho a partir da próxima semana”, “vou começar o curso de musica a partir de segunda-feira da próxima semana”, mas chega a segunda, chega a terça, a quarta... E, sem perceber, elas acabam perdendo o impulso da decisão inicial. Por isso, se hoje, você resolve fazer bom uso do tempo que lhe é concedido, excelente! Não adie a oportunidade.

Um novo ano é um novo período de oportunidade. Se até agora não conseguimos dar o nosso melhor em prol da Obra do Senhor quanto sonhamos, esta é a época da nossa nova chance. Se tivermos conseguido, é o momento propício para começar a colher os resultados. Não importa muito se durante este ano poucas almas se renderam ao nome do Senhor, o que realmente importa é se você usou bem o seu tempo, o quanto evangelizou, quantas pessoas ouviram de sua boca o verdadeiro evangelho que a bíblia ensina. São essas atitudes que têm o poder de fazer o ano que chega melhor do que o ano que acaba. Acredite e vá à luta, no fim, tudo valerá a pena. E você verá que o tempo não passou nem rápido nem devagar: apenas passou no ritmo certo.

Um forte abraço e um 2011 abençoado!

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Jessé Caleb
Novo Horizonte, São Paulo, Brazil
Membro da Igreja em Novo Horizonte-SP - Igreja militante na Obra em Restauração
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